Publicações do Prêmio de Arquivologia Maria Odila Fonseca estão disponíveis em nosso site
Publicação:

O Arquivo Nacional (AN) lançou as esperadas publicações do Trabalho Final de Curso de Graduação e Tese de Doutorado, respectivamente da servidora do Departamento de Estradas e Rodagens do RS (DAER), Lívia Oliveira Job e do professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Francisco Cougo. Em fevereiro de 2022, tivemos a feliz oportunidade de entrevistá-los para conhecermos um pouco mais sobre os trabalhos, suas trajetórias profissionais e expectativas com as pesquisas premiadas pelo Prêmio de Arquivologia Maria Odila Fonseca.
Na ocasião, Lívia relatou sobre a escolha da temática da pesquisa:
A escolha do tema da monografia foi motivada pelo interesse em buscar uma metodologia com o objetivo de entender um documento tão complexo, como o Projeto Final de Engenharia Rodoviária. O resultado oportuniza propor melhorias na organização do Arquivo da Superintendência de Estudos e Projetos (SEP) e maior confiabilidade para tomada de decisões quanto ao recolhimento e conservação do acervo, além de auxiliar na implantação de sistemas para gerenciar os documentos de engenharia do local. Os conhecimentos adquiridos permitiram, também, maior entendimento sobre a linguagem da engenharia e facilitar a comunicação com os técnicos, já que foi possível conhecer as características dos documentos técnicos e os símbolos específicos utilizados na documentação. Os engenheiros do Daer estão revisando a Instrução Normativa que determina o conteúdo e quantidade de originais do documento, também em razão da pesquisa. A segurança do transporte de passageiros e de cargas nas rodovias estaduais é também dependente de uma boa gestão documental”.
A Biblioteca Eng. Darcy Gonçalves Teixeira, comandada pela Lívia, faz parte do Projeto Caminhos dos Arquivos.
Já o “Professor Chico”, teve sua motivação de pesquisa no aprofundamento da temática:
Há temas que nos escolhem. Como disse, cheguei ao PPGMSPC com uma proposta totalmente distinta daquela que se transformou na tese final. Mas a pesquisa não é necessariamente linear e fechada, como muitos manuais de metodologia querem nos ensinar. Há caminhos que se abrem no meio da jornada e, às vezes, é preciso respeitar estes desvios. À medida que me apropriei de leituras desconhecidas que entrei em contato com fontes de primeira grandeza e que percebi que poderia contribuir para um tema que é muito mencionado, mas é pouco aprofundado, não houve alternativa. Hoje, considero que é fundamental compreendermos o processo de patrimonialização cultural de arquivos no Brasil e na América Latina, tanto porque precisamos saber como se formam nossos arquivos, quanto porque há uma tendência irreversível de apontamento sobre as contradições desse processo. Mais do que remontar a história da patrimonialização de arquivos no país, o que busquei com a tese foi justamente levantar este debate e sistematizar – ainda que de forma abrangente – algumas possíveis respostas a ele”.
A patrimonialização de acervos documentais foi pauta do Café da Tarde com o APERS em 2020, em uma live realizada ainda em tempos de pandemia de COVID-19, nos quais os recursos para eventos se centralizaram em lives pelo Youtube e Facebook. Em uma segunda edição estadual do Dia do Patrimônio Cultural, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado do RS, questionamos: como documentos se tornam patrimônio? Relembre aqui!
Com o lançamento das publicações, rememoramos a entrevista completa para ser acessada neste link, como também indicamos a leitura dos livros, que já estão disponíveis no site do APERS, na aba de PUBLICAÇÕES. Acesse aqui!