08/03: lançamento de publicações e debate sobre pesquisa genealógica marcaram comemoração dos 116 anos
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No dia 08 de março de 2022 o Arquivo Público do Estado do RS celebrou 116 anos. Para marcar mais este aniversário, na tarde do dia 08/03 foi realizada live transmita pelo Canal do YouTube da instituição. Na abertura do evento a história e as funções sociais do APERS foram celebradas pela diretora Aerta Graziolli Moscon, que em seguida realizou dois importantes lançamentos:

Após a fala de abertura da diretora Aerta, a palavra foi passada para a servidora Caroline Acco Baseggio, historiadora que conduziu os trabalhos da mesa virtual “Genealogia e Imigração: acervos, experiências e possibilidades de pesquisa". Nessa oportunidade, Caroline também trouxe a público da publicação "Orientações para Pesquisa Genealógica” (acesse aqui), de sua autoria, que busca apoiar o trabalho das e dos genealogistas em nossa Sala de Pesquisa.
Durante a atividade tivemos a oportunidade de ouvir Cilmar Francischetto, diretor do Arquivo Público do Espírito Santo (APEES), que falou sobre o “Projeto Imigrantes Espírito Santo”, desenvolvido desde 1995, por meio do qual o Arquivo fornece Registros de Entrada de Imigrantes, a partir de uma base de dados capaz de cruzar informações contidas em diversos documentos de seu acervo, facilitando e ampliando a pesquisa genealógica enquanto exercício da cidadania. Também escutamos Patrícia Coser, arquivista do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul/SEDAC, que abordou os procedimentos para acesso e os potenciais do acervo do AHRS para a área em questão, destacando conjuntos documentais bastante consultados pelos usuários que buscam pela história de suas famílias, como registros das hospedarias de imigrantes, concessões de lotes de terras aos colonos e documentos diversos que permitem acessar informações sobre tais lotes, ou avisos do governador a respeito das embarcações que aportariam trazendo essa população.

Já o palestrante Julio Camisolão, genealogista e militante do Movimento Negro Unificado do DF, trouxe contribuições a respeito da pesquisa sobre famílias negras. Demonstrou a complexidade e a riqueza dessa área, marcada pelos desafios impostos pela escravização e a tentativa de ruptura e apagamento em relação às origens africanas, a começar pela mudança dos nomes logo na chegada ao país. Também explicitou e valorizou os percursos que vem permitindo-lhe reconstituir trajetórias e vínculos calcados em memória, identidade e cidadania. A última fala foi de Diego Pufal, também genealogista, analista jurídico do TJSC, que compartilhou muitos aspectos de sua ampla experiência de pesquisa. Reforçou que a genealogia não trata apenas de nomes e datas, mas de esforços para contextualizar os indivíduos e famílias no espaço e no tempo, em um movimento complexo que deve considerar deslocamentos no território, mudanças na estrutura administrativa e judicial, condições políticas, econômicas e sociais. Também apresentou possibilidades de acesso a informações familiares expressas em diversos tipos documentais, muitos deles não percebidos comumente como úteis à genealogia, registrando dicas e instigando a dedicação ao cruzamento de fontes. Agradecemos mais uma vez às generosas falas de Caroline, Cilmar, Patrícia, Júlio e Diego, certamente muito úteis para nossos pesquisadores.
Caso você não tenha podido acompanhar a live ao vivo, não se preocupe! Ela está disponível em nosso canal no YouTube. Para assistir, clique aqui.