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08/03: lançamento de publicações e debate sobre pesquisa genealógica marcaram comemoração dos 116 anos

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Aconteceu no APERS: primeira tarde de live em comemoração aos 116 anos!
Aconteceu no APERS: primeira tarde de live em comemoração aos 116 anos!

No dia 08 de março de 2022 o Arquivo Público do Estado do RS celebrou 116 anos. Para marcar mais este aniversário, na tarde do dia 08/03 foi realizada live transmita pelo Canal do YouTube da instituição. Na abertura do evento a história e as funções sociais do APERS foram celebradas pela diretora Aerta Graziolli Moscon, que em seguida realizou dois importantes lançamentos:

Capa da publicação "Conversando com mais historiadoras e historiadores sul-rio-grandenses"
Coletânea “Conversando com mais historiadoras e historiadores sul-rio-grandenses”: organizada pelo servidor Rodrigo de Azevedo Weimer a partir das entrevistas realizadas ao longo de 2021 no âmbito do Projeto APERS Entrevista. Nela as(os) entrevistadas(os) abordam seus temas de pesquisa e referenciais teórico-metodológicos, registram sua experiência com os acervos do APERS evidenciando seu potencial enquanto fontes para a escrita da história, e compartilham reflexões caras às suas trajetórias profissionais. Acessa a publicação aqui.

XVI Mostra de Pesquisa do APERS
Regulamento da XVI Mostra de Pesquisa do APERS: A Mostra é um evento científico realizado bianualmente pelo Arquivo Público, que tem como principais objetivos oportunizar espaço para a divulgação e discussão da recente produção intelectual das ciências sociais, humanas e da informação, promovendo a interação entre a comunidade pesquisadora e os órgãos de guarda de acervos; incentivar a utilização de fontes primárias documentais em trabalhos de pesquisa e a realização de estudos a respeito de instituições de memória, suas funções e ações. O lançamento do Regulamento marca o início do prazo para envio de trabalhos, que serão avaliados por Comissão constituída por servidores do APERS e representantes da Associação dos Amigos do APERS, da  da Associação dos Arquivistas do RS e da Associação Nacional de História – Seção RS. Acesse o regulamento clicando aqui e envio sua contribuição!

Capa da publicação "Orientações para Pesquisa Genealógica"

Após a fala de abertura da diretora Aerta, a palavra foi passada para a servidora Caroline Acco Baseggio, historiadora que conduziu os trabalhos da mesa virtual “Genealogia e Imigração: acervos, experiências e possibilidades de pesquisa". Nessa oportunidade, Caroline também trouxe a público da publicação "Orientações para Pesquisa Genealógica” (acesse aqui), de sua autoria, que busca apoiar o trabalho das e dos genealogistas em nossa Sala de Pesquisa.

Durante a atividade tivemos a oportunidade de ouvir Cilmar Francischetto, diretor do Arquivo Público do Espírito Santo (APEES), que falou sobre o “Projeto Imigrantes Espírito Santo”, desenvolvido desde 1995, por meio do qual o Arquivo fornece Registros de Entrada de Imigrantes, a partir de uma base de dados capaz de cruzar informações contidas em diversos documentos de seu acervo, facilitando e ampliando a pesquisa genealógica enquanto exercício da cidadania. Também escutamos Patrícia Coser, arquivista do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul/SEDAC, que abordou os procedimentos para acesso e os potenciais do acervo do AHRS para a área em questão, destacando conjuntos documentais bastante consultados pelos usuários que buscam pela história de suas famílias, como registros das hospedarias de imigrantes, concessões de lotes de terras aos colonos e documentos diversos que permitem acessar informações sobre tais lotes, ou avisos do governador a respeito das embarcações que aportariam trazendo essa população.

Live "Genealogia e Imigração: acervos, experiências e possibilidades de pesquisa"

Já o palestrante Julio Camisolão, genealogista e militante do Movimento Negro Unificado do DF, trouxe contribuições a respeito da pesquisa sobre famílias negras. Demonstrou a complexidade e a riqueza dessa área, marcada pelos desafios impostos pela escravização e a tentativa de ruptura e apagamento em relação às origens africanas, a começar pela mudança dos nomes logo na chegada ao país. Também explicitou e valorizou os percursos que vem permitindo-lhe reconstituir trajetórias e vínculos calcados em memória, identidade e cidadania. A última fala foi de Diego Pufal, também genealogista, analista jurídico do TJSC, que compartilhou muitos aspectos de sua ampla experiência de pesquisa. Reforçou que a genealogia não trata apenas de nomes e datas, mas de esforços para contextualizar os indivíduos e famílias no espaço e no tempo, em um movimento complexo que deve considerar deslocamentos no território, mudanças na estrutura administrativa e judicial, condições políticas, econômicas e sociais. Também apresentou possibilidades de acesso a informações familiares expressas em diversos tipos documentais, muitos deles não percebidos comumente como úteis à genealogia, registrando dicas e instigando a dedicação ao cruzamento de fontes. Agradecemos mais uma vez às generosas falas de Caroline, Cilmar, Patrícia, Júlio e Diego, certamente muito úteis para nossos pesquisadores.

Caso você não tenha podido acompanhar a live ao vivo, não se preocupe! Ela está disponível em nosso canal no YouTube. Para assistir, clique aqui.

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