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Programa de Educação Patrimonial é tema de TCC de ex-estagiário do APERS

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Gustavo atuando como oficineiro com turma da EMEF Nossa Senhora de Fátima, 12/11/2019.
Gustavo atuando como oficineiro com turma da EMEF Nossa Senhora de Fátima, 12/11/2019.

Na última segunda-feira, 23/11, Gustavo Ziel Boldori, que atuou como estagiário do APERS entre 2018 e 2020, defendeu o TCC intitulado “Eras isso, galera?”: uma análise do trabalho dos/as oficineiros/as do APERS com questões sensíveis do ensino de história (2016-2019), como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciatura em História junto à UFRGS. O trabalho foi orientado por Caroline Pacievitch, professora da área de Ensino de História do Departamento de Ensino e Currículo, da Faculdade de Educação/UFRGS. A banca contou com a participação de Clarissa Sommer Alves, mestre em História, Analista em Assuntos Culturais do APERS e responsável pelas ações educativas da instituição, e de Carmem Zeli Gil, também professora da área de Ensino de História na Faculdade de Educação/UFRGS. Gustavo foi aprovado com conceito A, defendido por ambas arguidoras.

Em sua pesquisa, Gustavo analisa o modo como os/as oficineiros/as do Programa de Educação Patrimonial UFRGS-APERS (PEP) lidam com questões sensíveis do ensino de história durante as oficinas, coletando os dados através de entrevistas com participantes do Programa nos anos de 2016 a 2019. Trata-se de um estudo que aprofunda as reflexões sobre a Educação Patrimonial, as questões sensíveis, a empatia histórica e o tato pedagógico, mapeando as intenções dos participantes, perspectivas e dificuldades no trabalho com seus materiais, bem como os sentimentos que emergiam nos estudantes com a leitura da documentação. Gustavo conclui que no trabalho das oficinas é possível passar da sensibilização para a reflexão, bem como desenvolver a empatia histórica e o tato pedagógico na relação com os/as estudantes e com a própria documentação.

“Eu aprendi a ser professor no APERS. As oficinas nos proporcionam uma grande experiência, tanto em como trabalhar com a documentação, quanto em como trabalhar com os estudantes”, pondera Gustavo. “O APERS tem tudo preparado para nos ajudar, com acolhimento, leituras e processo de capacitação. É uma inciativa incrível e posso dizer, com certeza, que foi nos dois anos que participei do Programa que aprendi a ser professor. Só tenho a agradecer e parabenizar a todos que tornaram isso possível”.

O PEP, desenvolvido em parceria entre o APERS e o Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), oferece cursos de formação para professores sobre os possíveis usos do acervo da instituição, propicia a difusão arquivística através de oficinas para estudantes da educação básica e caracteriza-se como espaço de prática docente para graduandos em História. O Programa, que já levou ao APERS cerca de 16 mil estudantes desde sua implementação em 2009, baseia-se na conscientização sobre a importância do patrimônio cultural e documental arquivístico, bem como no debate de questões históricas sensíveis ao tempo presente.

Clarissa fala do orgulho e da grande satisfação em participar da banca de Gustavo, e ressalta que o trabalho colabora tanto para a ampliação da visibilidade das ações educativas em arquivos, quanto para a produção de conhecimento acadêmico na área: “já há produção acadêmica sobre o PEP, mas certamente seu trabalho é inovador, ao colocar no centro da reflexão as falas e experiências de pessoas que atuaram como oficineiras conosco. É um importante retorno para nós, à medida que colabora para que possamos avaliar nossa atuação e qualificá-lo ainda mais”.

Parabenizamos Gustavo pela defesa e saudamos pela conquista que vem em breve, com a colação de grau.

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